segunda-feira, 24 de maio de 2010

O morto-vivo da Colina Verde

Desde que a professora mostrou o livro “Três terrores” á nossa turma, gostei muito das ilustrações da capa, dos contos que até então são clássicos juvenis.
Estava esperando que nossa professora trouxesse os livros da coleção “Três por três” para que pudéssemos comprar e ler os três contos que cada livro trazia. Mas como o recebimento dos livros foi muito confuso, pedi á meu pai que fosse até a uma biblioteca, perto de seu local de trabalho, pegar o livro Três Terrores, pois nossa classe teria que fazer um tipo de trabalho sobre os contos.
Comecei a ler em meu quarto, no maior silêncio possível para que eu pudesse me concentrar diretamente no conto em que estava lendo. Mas com o passar do tempo, consegui ler no ônibus á caminho da escola, em bibliotecas, e nas poucas horas vagas que tinha.
O primeiro conto que li foi “Drácula”. Em seguida “O médico e o monstro”, e depois “O morto-vivo da colina verde”.
Todos os contos foram muito interessantes, misteriosos e a cada frase que eu lia surgia mais mistérios.
Mas o conto mais divertido, mais bem-humorado e um pouco menos confuso, foi “O morto-vivo da colina verde”.
A história de Leo Cunha é um conto bem-humorado que ao mesmo tempo envolve grandes mistérios e até amores. Quando li o nome deste conto, já achei que fosse bastante assustador, aqueles de meter medo em qualquer um. Mas já no começo, se pode perceber que o autor criou um conto engraçado e muito divertido.
A história se passa em um bairro que, ao alto, possui uma velha colina. Colina Verde.
Leonardo, que é o personagem principal, é apaixonado por uma menina chamada Flora. Os dois e mais um amigo, Paulo, passam por grandes aventuras á procura de uma explicação para um grande mistério: Seu Zequinha. O mistério? Ele nunca morre. Na verdade ele morre só que sempre “desmorre”. No dia do enterro dele, após sua “desmorrida”, os três foram até o cemitério em busca de alguma pista. O coveiro do cemitério nem tinha cavado nenhum buraco para o caixão do Seu Zequinha porque ele já sabia de tudo e, pra sorte dos três, ele deixou escapar algumas informações sobre o caso. Zequinha, como é um dos grandes amigos do coveiro, já lhe contou que ele nunca morria por causa de uma certa poção mágica. Leo, em uma noite, pensou em várias coisas do gênero e se lembrou de Dona Ênia, uma “bruxa” que fazia esses tipos de poções. Quando foram até a casa da bruxa, eles descobriram que ela era loucamente apaixonada por Seu Zequinha e que os dois juraram amor eterno quando eram mais jovens. Só que Dona Ênia queria mais que isso, queria que os dois vivessem para todo o sempre. Foi por isso que criou uma poção chamada Elixir Mágico. Ela fazia com que a pessoa que tomasse nunca morresse. Ao saber, Zequinha foi embora deixando Dona Ênia sozinha. No final da história, Leo pede Flora em namoro e ela aceita. Ele conta que foi mais ou menos isso que aconteceu. Ou pelo menos foi o que ele lembra. Porque tudo isso tinha se passado há muito tempo atrás. Bem mais de um cem anos...
Esse conto, em minha opinião, fala um pouco sobre o verdadeiro amor. Que não é necessário tomar nenhum tipo de poção para nunca morrer e viver feliz pra sempre junto com seu (a) amado (a). A história nos faz refletir um pouco sobre o medo da perda do outro e de como o amor pode permanecer até após a morte.


Por: Maria Luiza

Um comentário:

  1. Oi, Maria Luíza, adorei ler o que você escreveu sobre o meu conto.
    Que bom que você curtiu.
    Abração do
    Leo Cunha

    ResponderExcluir