quinta-feira, 30 de setembro de 2010

Quando o espelho me reflete

Acho que não existe uma pessoa que pode me criticar mais do que eu mesma. Olhar para o espelho às vezes se torna uma tarefa difícil, e até mesmo preocupante, mas nas outras vezes eu me sinto bem e relaxada. Eu não me "mimo". Não vejo uma mulher no espelho livre de defeitos, espinhas, cravos, marcas, e cheia de qualidades, sendo a pessoa mais perfeita do mundo. Pelo contrário. Vejo uma menina crescendo, com vários defeitos, mas com a vontade de enfrentá-los e de superá-los. Uma menina com dúvidas e curiosidades, esperando o mundo lhe dar algo, mas cansada de dar algo à ele.
Eu queria ser mais confiante, não ter medo da vida, ou do que vem pela frente. "Confie em si mesmo". Eu penso. Mas quem disse que adianta? Na hora H a coragem some, e a tola aqui se da mal. A sinceridade também é um ponto que me falta. Comigo mesma. Tento me identificar tanto com outras pessoas, que acabo esquecendo quem sou eu de verdade.
Sei que há pessoas que não gostam de mim, mas também há quem goste. Não sei suas opiniões sobre mim, mas imagino que me achem diferente, assim como todos são. Talvez muito perdida, ou muito bipolar, ou talvez tímida. Cada um tem uma opinião diferente, cada um pensa diferente. Já ouvi coisas sobre mim que me envergonharam muito, e outras coisas que me orgulhavam de ser quem eu sou. Então,eu realmente não sei o que pensam sobre mim, e sinceramente? Nem quero saber. Sou feliz do jeito que eu sou e não há ninguém que possa mudar isso.
Não tenho uma tribo. Tribos são formadas por ideologias ou por moda. Minha ideologia é ser eu mesma e construir amizades por todo lugar, com diferentes pessoas. E não há nenhuma tribo que sua moda me agrade por completo. Por isso, pego um pouco de tudo e formo um novo estilo, um estilo que só me agrada e que só eu gosto.
Então, eu discordo da identidade transitória, eu tenho o meu estilo, e nunca saí dele.

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